Plutão nosso pequeno rei dos limites do sitema solar, têm sofrido muitos
reveses por parte da astronomia, entretanto, isso só tem permitido á astrologia
entender melhor esse pequeno corpo celeste, cuja ação é tão significativa e
original. Para a astrologia, há uma característica sui generis de Plutão que o torna único entre os planetas, mas até
agora isso foi pouco explorado, para não dizer que nunca foi dito nada sobre o
assunto. Ao menos nunca pude encontrar nenhum artigo ou ensaio sobre o tema. Ocorre
que Plutão é um planeta duplo, isto é, ele tem dois corpos. O que na astronomia
é chamada de planeta binário.
A falta de observação dessa que é a
principal característica de Plutão, mostra o quão pouco sabemos sobre ele e
explica o desconforto de astrólogos e astrônomos fazendo dele um assunto
freqüente. Plutão, o astro que não é nem planeta nem asteróide, que talvez
tenha sido um dia um satélite, que não tem um mais dois corpos físicos, é a
representação de tudo que é estranho. Ele é a epítome do que a sociedade e o
senso comum rejeitam simplesmente porque não se encaixa em nenhum paradigma.
Mas que dois corpos são esses? Ora,
Plutão é composto também de Caronte. O assunto sobre a natureza planetária de
Plutão parece que foi resolvida pelos astrônomos (o que interessada pouco para
a astrologia), mas há outras questões que aborrecem os astrônomos e a primeira
delas é: Caronte é mesmo uma lua de Plutão? A resposta, embasada em conceitos
de física astronômica é NÃO. Caronte forma um planeta duplo com Plutão, isto
porque ele orbita um ponto fora de sua massa. Isso que dizer que o centro
gravitacional de Plutão no está nele, mas em um ponto vazio entre ele e
Caronte. Dessa forma ninguém pode afirmar quem e o satélite e quem é o planeta.
Plutão pode ser o satélite de Caronte, assim como se considera Caronte como seu
satélite? A resposta mais lógica diante desses argumentos é SIM.
Afinal que gira ao redor de quem? A resposta e novamente negativa:
ninguém. Se fizermos uma comparação com o sistema da Terra-Lua, que para todos
os efeitos é também um sistema binário, chegamos a conclusão de que Caronte e
Plutão não giram em redor um do outro, eles giram juntos e redor de um centro
gravitacional vazio. Um em relação a o outro está sempre parado!
Contrariamente, determinamos que a Lua, mesmo sendo duplo da Terra é seu
satélite, porque a Terra gira em redor de si mesma, mas a Lua não gira em redor
de si, gira apenas em redor da Terra. A Lua mostra sempre a mesma face para
nós, não tem rotação, já a Terra é livre em sua rotação, e isso demonstra sua
superioridade.
Mas Plutão e Caronte giram como duas crianças brincando de ciranda com
as mãos dadas. Sempre mostram a mesma face um para o outro, o que deixa claro
que não há independência nem prevalecência (se é que essa palavra existe) de um sobre o outro. Conclui-se que
Plutão é um planeta duplo composto de duas naturezas opostas e extremas, que
estão em constante conflito, algo que combina perfeitamente com o signo de
Escorpião dados a seus célebres extremos expressos no paroxismo de criação e
destruição em perene reiteração.
Dessa forma, Caronte rege Escorpião junto com Plutão, mas isso interfere
na prática astrológica? Não, porque Caronte é um só com Plutão, portanto, onde
um governa o outro governa, onde uma se exalta e outro também. O mais
interessante disso é que simbólicamente há muito que se aprender sobre Plutão
quando estudamos os mitos de Caronte. O barqueiro do inferno sem dúvida está
relacionado com questões monetárias. Mas isso fica para um próximo post.
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